quinta-feira, março 25, 2010
Carpe Diem - Belinda
Depois de sucessivos relançamentos do seu último álbum, chamado Utopía, Belinda se fantasia de boneca para seu novo disco, o Carpe Diem. Mais eletrônico que os seus outros dois álbuns, Carpe Diem não deixa completamente de lado a pose “Rock Girl” que Belinda sempre carregou nas costas e, embora Carpe Diem signifique algo como "viva o dia", não é esse tipo de coisa que o álbum deixa como implícito ou explícito.
Com certeza, esse é o álbum mais alternativo e, consequentemente, arriscado de Belinda. As músicas são repletas de sons e efeitos sonoros carregados de bizarrices, aliás, quase todas as músicas tem uns “na-na-na”, “yeah-yeah-yeah” ou “uh-uh-uh” estranhos que deixam todo o álbum estranho na primeira ouvida, mas com aquele Quê de “mesmo sendo estranho eu gosto”. A canção Lolita é um perfeito exemplo disso.
Um grande destaque de Carpe Diem são as músicas lentas com batidas eletrônicas e guitarras que se unem aos vocais meio roucos de Belinda, fazendo dessas músicas grandes candidatas a tornarem-se singles.
Um pequeno defeito do álbum é a ordem das músicas. Elas estão dispostas de forma que chega a irritar o ouvindo quando termina uma linda e doce canção e de repente começa outra canção ácida e áspera, daquelas levada pro rock’n’roll.
Destaque para Egoísta, Lolita, Cuida, Mi Religion, Wacko e Maldita Suerte.
P. S.: Na capa, Belinda está vestida semelhante à modelo da campanha da boneca Hello Kitty Meets. A concepção artística de Carpe Diem também se assemelha à da campanha citada.
Por: Murilo Carlos Filho
domingo, março 21, 2010
Christina Aguilera: ditadora das tendências Pop.
Christina Aguilera surgiu em 1998 cantando a musica tema do filme Mulan, logo ela assinou contrato com a gravadora RCA. Seu primeiro álbum homônimo trazia um estilo semelhante ao de Britney Spears: música pop/r&b cheia de letras para os adolescentes ouvirem e se identificarem.
Até então, Christina Aguilera apenas seguiu a tendência do momento, principalmente depois de gravar um álbum natalino em 2000. Mas a coisa muda de figura em 2002, quando é lançado o álbum Stripped, que, como o nome sugere, mostra Christina Aguilera “nua”, ou seja, do jeito que ela realmente é, sem mascaras. Conhecidentemente – ou não -, alguns cantores da época começaram a tornar seus álbuns mais pessoais, é o caso de Madonna (com American Life) e de Britney Spears (com In The Zone). Além do fato do R&B, principal estilo de Stripped, ter tomado conta das rádios do mundo todo nas vozes de cantores como Beyoncé.
Christina Aguilera passou alguns longos meses de férias e, em 2006, lança Back To Basics, um álbum inspirado na música das décadas de 20, 30 e 40, ou seja, o Jazz, Blues e Soul são os grandes ritmos desse álbum. E novamente outra conhecidencia - ou não - vem a tona quando as cantoras Amy Whinehouse, Duffy e Grabriela Cilme começam a fazer sucesso com o mesmo estilo de Back To Basics. Interessante reparar que Amy Whinehouse já gravou um álbum em 2003, e ela só alcançou o sucesso depois de Back To Basics.
A nossa próxima conhecidencia vem em 2008 quando Christina Aguilera lança a coletânea Keeps Getting Better – A Decade Of Hits, que, embora seja uma coletânea, esse álbum traz um estilo Dance Music futurístico e logo Lady Gaga começa a emplacar seus primeiros sucessos com um estilo semelhante. Aqui há outro fato interessante: Lady Gaga lançou seu álbum no começo de 2008, mas só chegou ao sucesso depois de Keeps Gettin’ Better ver a luz do dia. Apareceram ainda outros grupos e cantores que deixaram seus estilos de lado para cantar uma música mais Dance Music, foi o caso de Black Eyed Peas (com The E. N. D.) e Shakira (com She Wolf).
Bom... Christina Aguilera parece que é sim a ditadora das tendências da música Pop. Ou pode ser que ela simplesmente saia na frente... Ou será que eu estou vendo – e ouvindo – coisas?
Por: Murilo Carlos Filho
sábado, março 13, 2010
Telephone - Lady Gaga
The Fame Monster é uma álbum de inéditas que foi anexado ao bem sucedido álbum de estréia de Lady Gaga, fazendo dele uma edição de luxo. A única música do desse novo álbum ao nível dos singles de debut de Lady Gaga é Bad Romance, as outras músicas deixam muito a desejar. E ontem foi lançado o vídeo de Telephone, segundo single de The Fame Monster. E justamente por não ser uma música ao nível de, por exemplo, Pocker Face, Lady Gaga deu uma solução plausível: um vídeo blockbuster, daqueles que todo mundo quer ver.
Como continuação do clipe Paparazzi, no vídeo Lady Gaga vai para prisão e, depois de solta, une-se a Beyoncé para um novo crime, colocar veneno nas refeições servidas por um restaurante, ou seja, uma assassinato em massa. Mas não é apenas a história que é semelhante entre Telephone e de Paparazzi, os figurinos bizarros, poses extravagantes e passos de dança esquisitos também são. Além da valorização do roteiro e da direção.
Ainda, Lady Gaga não se livrou de certas manias como suas referencias e inspirações – beirando o plágio – de outras cantoras pop como Kylie Minogue, o que deixa transparente que Lady Gaga ainda não está no seu melhor.
No geral, digamos se houvesse um duelo entre Telephone e seu “precessor” Paparazzi, Telephone perde feio. O que salva o vídeo é a direção de Jonas Akerlund e a participação de Beyoncé, que não combinou muito com o estilo do vídeo, mas dá um Quê a mais.
Uma solução saudável para Lady Gaga seria visar os clipes abstratos como Bad Romance e Just Dance, sem grandes roteiros onde os que assistem tem que quebrar a cabeça tentando entender os roteiros de Lady Gaga. Melhor do que ficar tentando, inutilmente, fazer um Thriller do século XXI.
P. S.: O carro que aparece no vídeo é o mesmo do filme Kill Bill vol. 1, conhecida como Pussy Wagon.
Por: P. C. Carlos
segunda-feira, março 08, 2010
Gypsy - Shakira
No finalzinho de fevereiro, Shakira lançou seu vídeo clipe do seu mais recente single chamado Gypsy. O single foi tirado do álbum She Wolf.
O vídeo é do tipo que eu chamo de abstrato, ou seja, daqueles que não tem muita história, apenas o cantor a interpretar a música em diversos - ou não – cenários. No caso de Gypsy, ele pode ser interpretado como uma mulher (interpretada por Shakira) que vaga por ai tentando esquecer uma paixão até que ela encontra um homem que pode ser sua nova paixão (interpretado pelo tenista Rafael Nadal).
Como de costume, o vídeo trás uma direção de arte de gosto extremamente duvidoso, coisa mais do que típica dessa cantora, que sempre insiste em fazer parte de praticamente tudo que envolve o vídeo, desde o do roteiro até a edição final, dando sempre seu toque no vídeo.
No fim das contas, Gypsy é um vídeo comum, que nem fede nem cheira, não acrescenta nem diminui. Mas vale a pena conferir.
P. S.: A música Gypsy ganhou uma versão em Espanhol chamada Gitana.
Por: Murilo Carlos Filho